Resenha: "A Corrente", de Adrian McKinty
Editora: Editorial Presença
Autor: Adrian McKinty
Edição: 1
Número de páginas: 368
Sobre o autor
Formado em Filosofia pela Universidade de Oxford, Adrian tem-se dedicado ao mundo dos livros. Para além de autor publicado em mais de 20 países, desempenha ainda funções de crítico literário em grandes jornais dos EUA.
A obra
Olá a a todos!! :)
Então, este foi um dos timings de leitura que mais me enervou... Li o livro imensamente rápido naquela semana de férias de agosto, mas depois chegou a altura de regressar a casa e tive de trabalhar... A 60 páginas do fim, fiquei sem ler uma única página durante 2 semanas!!... E o livro vicia imenso!!!
Com a escrita desta opinião acabou por acontecer o mesmo... Só que, desta vez, por causa da recuperação de uma cirurgia que fiz (a mesma que me impediu de vos escrever até ao dia de hoje!).
Mas vamos à história. Tudo começa quando Kylie, a filha de Susan, é rapatada na paragem de autocarro. Minutos depois, Susan recebe uma chamada telefónica a avisa-la que tem de enviar um resgate e...
Raptar outra criança.
Isso mesmo. Esta é a Corrente. A entidade que organiza a corrente de raptos a crianças feitos pelos pais da criança anterior. E, assim, Susan apenas terá Kylie de volta quando tiver raptado mais uma criança e os pais dessa tiverem conseguido fazê-lo à criança seguinte...
Até onde somos capazes de ir por aqueles de quem precisamos para sobreviver?
Bem, fui o único a achar esta premissa super original??? Adorei esta ideia de Corrente e de toda a mística que se cria à sua volta. O crime perfeito, que se renova "quase" sozinho. Parabéns desde logo à criatividade do autor!
A isso e ao modo como consegue tornar a história totalmente viciante. É pura e simplesmente impossível pousar o livro enquanto temos tempo para o ler. Apesar de poder existir um pouco menos de suspense aqui e ali, o livro tem capítulos bastante curtos, o que, aliado à história ritmada que o forma, nos obriga a ler sempre mais e mais e mais.
As personagens são o elemento do qual menos gostei. A verdade é que nenhuma delas é particularmente cativante ou empatica. São todas "meh"... Contudo, percebe-se claramente que este não é o foco do livro. Pelo contrário, o autor traz-nos o instinto. O psicológico humano no seu melhor. O reverso da moeda é que este aprofundamento não chega a moldar-se de forma específica às personalidades especiais das personagens.
A escrita é a melhor para este tipo de livro! Não é trabalhada ou demasiado pensada. Na verdade, é super simples mesmo, e transparece o pensamento das personagens de forma perfeita. Um ponto adicional para a leitura fluir a 1000. Mesmo os "não-leitores" são capazes de ler "A Corrente" em um dia ou dois!
Algo diferente é que a história de divide em duas partes delimitadas. A primeira tem que ver com o rapto de Kylie e o envolvimento da mãe na Corrente. Já a segunda se passa uns tempos depois, quando se percebe que é impossível sair da corrente e Susan decide procurar os responsáveis por esta máquina de negrume e medo. Uma segunda parte que, por explorar também a sua História, começa de forma mais lenta do que estávamos acostumados até então.
Enfim... Aconselho imenso a todos os que apreciam este género literário, e a todos aqueles que se gostam de ver embrenhados numa história rápida e de leitura infinitamente fluida.
Boas leituras!! ;)
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