Resenha: "O Cajado de Draghdha", de Norberto Fernández

24/02/2021 08:49

 

 

  Editora: Edições Eixo Atlântico

  Autor: Norberto Fernández

  Edição: 1

  Número de páginas: 48

 

 

 

 

Sobre o autor

Nascido em Vigo, em 1967, Norberto publicou tiras de banda desenhada em jornais, publicou livros do género em Espanha e chegou a ser capista para jornais dos EUA.

 

 

A obra

Olá a todos!! :)

 

Depois de ler “Six of Crows”, estava mesmo a precisar de uma leitura muuuito leve! E “O Cajado de Daghdha” pareceu-me a aposta ideal, ainda para mais tendo menos de 50 páginas.

 

Eu tinha recebido o livro algures em algum concurso de leitura do ensino básico (sim, eu participava neles todos, todos os anos, mesmo no secundário. Uns cheques oferta da Bertrand nunca calham mal, não é verdade..? :P). E, como tinha andado em remodelações de estante, encontrei-o e decidi pô-lo de parte para ler quando me apetecesse.

 

E apeteceu. Por isso, descobri a história da professora universitária da faculdade que sonhou com o seu “mestre” a pedir-lhe ajuda, capturado por uma ordem conspiratória após ter pesquisado sobre um objeto da antiguidade capaz de controlar a vida e a morte…

 

 

Bem, a opinião desta vez vai ser mais curta, porque não sinto que tenha assim tanto a dizer. A história também foi bastante curta, a verdade é essa! E, muito simplesmente, temos o seguinte: história fraquinha, ilustrações incríveis.

 

Mas porquê história fraquinha? Muito sinceramente, achei-a cheia de lugares comuns. Só clichés do género e nada de muito diferente. Contudo, o uso específico da história de Portugal e dos vários monumentos e lugares históricos do nosso país foi realmente interessante. Conhecimento não faltava ao autor!

 

Por outro lado, nada parecia realista. Não sinto que tenha conhecido as personagens e, apesar de estar a escrever esta opinião no mesmo dia em que li a história, não me recordo dos nomes delas. Tudo o que ficou foi uma ideia vaga de uma ou outra característica e a sua profissão. Mais nada. Para além de que as falas não eram nada fluidas ou realistas. Simplesmente não soavam, eram forçadas.

 

 

Entrando então na ilustração… Eu não sou um perito na área, claro. Mas (e por muito que este não seja o meu género de desenho favorito) não tenho dúvida de que este é um talento incrível. Todos os desenhos estão muito perfecionistas e ao detalhe. Incluindo todos os monumentos e lugares. Estão tremendamente próximos de uma fotografia. É fenomenal!

Contudo, também devo dizer que a fluidez de transição entre os vários “quadrinhos” não foi, de todo, a ideal.

 

Seja como for, tivemos direito a uma ou duas pequenas reviravoltas (que, pela construção da história, nem sempre soaram como tal). E o final abriu espaço para um mini-twist capaz de nos deixar algo surpreendidos. Mas nunca a sentir com muita intensidade devido à falta de conexão com a história.

 

Para quem gostar de apreciar os desenhos, super aconselho, está incrível! Caso contrário, se tirarmos as referências a histórias e lendas do passado português, tenho a certeza de que existem aventuras mais divertidas por aí!

 

Boas leituras!! ;)