Série: "La Casa de Papel" (parte 3)

Episódios: 8 (45 min) - País de origem: Espanha - Ano: 2019

Avaliação: 7/10

Olá a todos!! :)

Então? Quem aqui ainda não viu a nova parte de “La Casa de Papel”? Eu já, claro! E vim partilhar convosco as minhas conclusões.

Depois do sucesso que foi o assalto à Casa da Moeda de Espanha, os nossos assaltantes favoritos vivem em destinos de sonho adequados a cada um, maioritariamente em locais isolados ou sem acordo de extradição com Espanha. Tóquio e Rio ficam numa ilha paradisíaca no Pacífico, numa verdadeira realização de vida…

Ou nem tanto. A verdade é que Tóquio é uma jovem mexida e não aguenta a quietude da ilha por muito tempo, acabando por decidir fugir pelo menos por algum tempo. O que acontece é que o aparelho que usa para contactar com Rio acaba a revelar a sua localização e o namorado é preso pelas forças internacionais, torturado pelas Inteligências.

É assim que a nossa equipa se reúne, num novo assalto que o Professor utiliza como um ataque ao sistema.

A minha opinião sobre a série poderia estar condicionada pelo facto de provavelmente esta ser ainda a primeira metade de uma nova temporada (tal como a parte 1 foi a 1ª metade da 1ª temporada). Só que, desta vez, isso não aconteceu. Felizmente, o ritmo é já acelerado desde o princípio.

Não há dúvida nenhuma que a série mereceu uns improvements depois da gigante Netflix lhe por as mãos em cima... em todos os aspetos. Como sabemos, o dinheiro faz muita coisa, e a qualidade de vídeo aumenta muito, surgindo ainda lugares exóticos e caros no princípio da rodagem. Também os detalhes, no meio de uma filmagem fantástica, ganham terreno nesta parte.

As interpretações dos atores mantiveram a qualidade, senão melhoraram, e as prórpias personagens continuam cativantes, com exceção daqueles habituais momentos em que apenas os queremos estrangular.

Contudo, lamentavelmente, a identidade da série começou a perder-se… Acima de tudo, quando o tom cinzento e vagamente pesado da série em alguns momentos acabou por se esvair, dando lugar a sentimentos diferentes e normalmente mais abertos.

Também a progressão se altera e a humildade acostumada perde lugar. A irritante americanização da série no princípio desta parte vai muito mais longe. A dada altura, o realismo desaparece, dando espaço para uma megalomania frequentemente incómoda.

Algo absolutamente inegável é o quanto se ganha com algumas alterações de pulso firme colocadas na série: a estrutura está MUUUUITO melhor. Cada episódio termina com a necessidade de vermos o que vem a seguir. E, em oito episódios, conseguiu-se uma parte coesa e que tem claramente muito a revelar na parte seguinte. Especialmente depois do final, que nos deixa o coração aos saltos para depois o fazer parar com uma revelação paralisante.

Boas leituras!! ;)